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O Latin American Music Awards 2019 acontece nessa quinta-feira (17) e celebra as melhores músicas e artistas num período de 2018 até 2019. A Billboard Latin tem acompanhado toda a preparação do evento e hoje (16), tem feito diversos painéis de discussões com os artistas indicados ao Latin AMAs.

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Leila Cobo, diretora executiva dos conteúdos latinos da Billboard comentou que não tem sido uma jornada fácil para a música e cultura latina. Ao lado dela, Becky G, Farruko, Ozuna e Wisin & Yandel também falaram sobre esses aspectos. Yandel, por exemplo, destacou a dificuldade das rádios e televisões abraçarem o gênero latino. “Estamos presentes desde a origem, quando não era aceito por conta do conteúdo… Mas mudamos as coisas, adaptamos nossas letras. Foi extremamente difícil e exigiu muito sacrifício, muitas noites sem dormir e viagens sem recursos”. Farruko, reconhecendo a importância da dupla, disse que eles foram alguns dos artistas que abriram o caminho. “Wisin e Yandel são dois dos que abriram o caminho para nós, que abriram as portas e facilitaram as coisas. O mais difícil tem sido a manutenção, a relevância, a reinvenção de mim mesmo. Com as ferramentas que nossos pilares proveram, a jornada tem sido mais fácil”.

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Backy G também deu sua opinião. “Comecei cantando em inglês e depois mudei para o espanhol, oque é um desafio extremo porque eu temia a rejeição. Como no filme da Selena: ‘você é tanto mexicana demais para os americanos quanto americana demais para os mexicanos e você não pode ficar no meio‘. Mas, com sorte, tudo que eu recebi foi amor. Tem sido uma experiência autêntica, mas quando o público faz eu me sentir desconfortável, eu me sinto obrigada a demonstrar que eu sou uma menina do bairro”, disse.

A importância e impacto das redes sociais no trabalho dos artistas também foi discutido. Farruko disse que acha a mídia social um “botão vermelho”, isto é, “nosso melhor amigo, um parceiro digital. Um artista precisa ter contato direto com o fã, não só para que ele veja o desenvolvimento profissional, mas como você age como ser humano. Isso nos ajuda muito com a nossa música em nível global“. Becky G disse que faz parte da marca do artista. “Isso mudou minha vida, porque eu fazia covers no YouTube quando eu tinha 14 anos. Mas é uma benção e uma maldição, ao mesmo tempo: nós podemos nos conectar com qualquer pessoa em uma escala global, ela ajudou a música a se universalizar, mas também, como mulher, vejo que muitas mulheres se sentem no direito de compartilhar certas coisas, mostrando seus corpos, divulgando informações da família e isso pode se tornar algo muito crítico”.

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Claro que não faltou, também, o assunto sobre colaborações e remixes, algo sempre presente na música latina. Ozuna, um dos artistas que mais tem colaborado e participado de remixes nos últimos anos, reconheceu que faz parte do gênero que mais faz colaboração. “Sempre houve uma disposição [para fazer parcerias]. Sempre há diferenças, mas quando chega o momento, os artistas urbanos estão sempre disponíveis. É uma coisa para para os recém-chegados, abre portas para eles e cultiva a presença dos artistas já estabelecidos”, opinou. Wisin disse que isso também tem a ver com a essência do próprio gênero musical. “Começou a vender como um projeto de muitos artistas. Se agora a gente decidir não colaborar mais e ceder ao nosso ego, o gênero não terá o impacto que tem hoje. É um movimento demográfico, que agora tem sido visto com respeito. Artistas ótimos e grandes como Ricky Martin, Luis Fonsi, Marc Anthony, Jennifer Lopez, decidiram apostar na nossa música e foi aí que o gênero teve um crescimento criativo. Precisamos ser ousados e inovar, tendo o cuidado de preservar a essência do gênero“.

Sobre a falta de indicações ao gênero urbano no Latin Grammy Awards, Farruko disse: “O que aconteceu com o gênero é algo tão grande que é hora de categorizá-lo como algo de valor. Com o gênero urbano tem o trap, reggaeton, reggae, pop, diferentes tipos de batidas e sons, portanto não pode ser tratado como um ‘churrasco'”.

“É sobre reorganização”, completou Wisin. “Há tantos produtores e compositores dentro do gênero urbano que são desconhecidos pela indústria e mercado, que nunca foram nomeados, e são grandes protagonistas atrás de muitos hits. Ninguém se atreveu a reconhecê-los em um fórum publico e considerá-los para uma nomeação. A Academia também pode educar o público com campanhas promocionais que explicam a base das nomeações. Nós somos artistas do gênero urbano, mas todas as estratégias são pró-músicas. Nós não somos melhores que quaisquer outros gêneros”. Por fim, Ozuna disse que é o reconhecimento é um fato fundamental. “É uma questão de conscientização, de registro e votação. A nova geração precisa ser educada e, como líderes, é nosso trabalho educá-los e pensar em maneiras ideais de fomentar a presença de membros da Academia, porque a Academia não vai mudar por seus próprios métodos”.

O Latin American Music Awards acontece nesta quinta-feira (17), às 00h no horário de Brasília.

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