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Este ano de 2020 tem sido atípico e nada fácil em diversos aspectos, mas os artistas da música latina seguem fazendo um bom trabalho nos Estados Unidos e Canadá. A Nielsen Music, empresa que faz os levantamentos de todas as vendas de música e vídeo nos dois países, divulgou o relatório do consumo musical nesses primeiros seis meses.

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Ainda que em meio a pandemia, o consumo no áudio de música latina teve um crescimento equivalente a 15,9% em comparação ao mesmo período do ano passado (14,56 milhões de unidades atualmente e 12,6 milhões em 2019). Atrás somente do R&B e Hip-Hop, a música latina (independente do gênero) é a terceira mais consumida até o momento, registrando 4,09% de participação no mercado total da música nos EUA (no ano passado, foi 3,86%).

Porém, embora o crescimento tenha sido positivo, a pandemia do Coronavírus impactou os números levantados em todos os estilos musicais, com um declínio na média de streaming semanal desde o dia 13 de março, início da quarentena nos EUA. Antes da pandemia e isolamento, a música latina marcava 1,182 bilhões na média de demanda semanal e passou para 1,143 bilhões desde o começo da crise do Coronavírus até o último dia 2 de julho – uma queda de 3,3%.

Nas vendas de álbuns físicos, em comparação ao mesmo período do ano passado, a música latina também teve um saldo negativo: uma queda de 27,6% que também pode ser reflexo da pandemia e isolamento. O que também explica o crescimento do consumo e vendas digitais nesses seis meses, com um aumento de 11,7%.

Um dos maiores responsáveis pelo streaming digital é Bad Bunny com o disco YHLQMDLG, que se tornou o material de “maior bilheteria” da história da Billboard 200, ao estrear no chart em segundo lugar, em março. É, também, o sexto álbum mais consumido até o momento e o único latino no top 10. Mas ele não é o único porto-riquenho na lista de “responsáveis” pelos saldos positivos da música latina. Ozuna também aparece com o um dos mais ouvidos, seguido pelo “novato” Natanael Cano. Agora, em termos de música, a mais ouvida no primeiro semestre foi Tusa, de Karol G com Nicki Minaj, seguida de Yo Perreo Sola, do Bad Bunny.

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