Quem acompanha artistas latinos com frequência já deve conhecer Camila Gallardo, que acaba de lançar seu segundo disco da carreira. Chilena, Cami (seu nome artístico) está cada vez mais em ascensão e não deve demorar para ganhar o destaque que merece para além de seu país.
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Como dito anteriormente, Gallardo nasceu em Viña del Mal, no Chile, e isso pode explicar parte de seu talento. Com seis anos, mostrou interesse pela música e já tocava instrumentos e, com 14, publicou o cover de Gracias a La Vida, de Violeta Parra, no YouTube e chamou atenção do público.
Em 2015, Cami participou do The Voice Chile, com apenas 18 anos, e teve ninguém menos que Luis Fonsi como seu técnico no programa. A cantora terminou a competição em segundo lugar e logo foi convidada pela gravadora Universal, do Chile, e juntos passaram a trabalhar no seu álbum de estreia. Em fevereiro de 2016, lançou o single Más de La Mitad, composta por Luis Fonsi e Claudia Brant, e ganhou grande repercussão no Chile, sendo a mais escutada no Spotify no país.
Foi em 2018 que estreou seu disco-debut, Rosa. No Chile, o álbum ganhou disco de platina 28 vezes, dando a confirmação de que o país natal da cantora já estava rendido à ela. Em dezembro do mesmo ano, ela ainda lançou uma versão deluxe do disco, com a canção, então inédita, Mi Ruego. Além disso, foi uma convidada especial do reality Operação Triunfo (aquele que revelou talentos como Natalia Lacunza, Alba Reche e o próprio David Bisbal). No ano passado, foi indicada na categoria de Artista Revelação no Grammy Latino e realizou seu sonho de participar do Festival de Viña del Mar em 2019 como artista convidada e jurada, aproveitando para lançar então seu novo single, La Entrevista.
O single faz parte do disco Monstruo (Pt.1), lançado em 2019 com apenas seis faixas. Agora, no último dia 6 de março de 2020, Cami lançou a segunda parte do projeto, com mais seis músicas inéditas. Como já mostrado, o som de Cami caminha pelo folk-pop, soul e blues. “Creio que não é obrigatório fazer gênero urbano para triunfar”, disse a cantora em uma entrevista para LaViola no ano passado. “As pessoas estão pedindo mais de outros lados, tem lugar para todos”, disse. Longe de comparações, entre rainhas do gênero urbano como Karol G, Becky G e Natti Natasha, o flamenco “moderno” de Rosalía, o trap de Paloma Mami e os sons alternativos de Lacunza e Alba Reche, Cami faz um papel necessário no cenário musical.
Sobre o novo projeto, lançado há menos de uma semana, é visível a evolução da cantora desde o debut Rosa. “Não sei se houve uma mudança de estilo ou forma de escrever, porque sempre escrevi do mesmo jeito e sempre tentei concentrar a escritura por um mesmo contexto”, revelou. “Mas acho que Rosa me levou a entender o que eu queria e como queria o segundo disco”. Monstruo fala sobre mulheres e feminismo, mas não de forma “forçada”, para vender mais discos ou estar atualizada nas pautas atuais. “O feminismo é parte do que tem nos permitido fazer música hoje. Não é como se eu tivesse pensando ‘deveria escrever sobre feminismo nesse disco’, não! As letras saíram dessa forma porque eu sou feminista”, revelou ao Publimetro. É com este disco, aliás, que Cami se apresentará no Lollapalooza Chile, além de uma turnê internacional.
Uma boa millenial não faz sucesso apenas com as canções, apesar dessa ser o principal objetivo e carreira de Cami. A cantora também é considerada uma it girl, com influência na moda pelo seu estilo cool e dicas de produtos de beleza.
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