A música latina fechou 2020 com um saldo bem positivo. Pelo quinto ano consecutivo, o mercado musical latino (que corresponde às músicas cantadas em espanhol, independente do gênero) registrou um crescimento bem expressivo, principalmente se comparado ao mercado geral.
O relatório latino da RIAA com dados do último ano, mostra um crescimento de 19% no faturamento da música latina, enquanto a indústria geral registrou um aumento de 9,2%. Falando em espécie, as receitas da música latina agora correspondem a um valor estimado de $655 milhões.
Sem dúvida, os serviços de streaming são os grandes responsáveis e, na verdade, acabam formando uma parceria benéfica para todos os lados. 96% da receita da música latina vem do streaming, enquanto 20% dos impulsos nas plataformas vem do consumo da música latina. Em comparação aos Estados Unidos, o mercado geral foi responsável por 13,4% dos impulsos nas plataformas e tem 82,2% de sua receita gerada pelos streams.
Para uma noção ainda maior de como as plataformas de streaming e a música latina tem andado de mãos dadas, o maior impulsionador desse crescimento veio das assinaturas pagas, com uma receita de $439 milhões.
Bem alinhado às conquistas de 2020, Bad Bunny foi o artista mais transmitido globalmente no Spotify, uma das maiores plataformas de streaming. No YouTube, os clipes latinos correspondem a aproximadamente 30% dos mais populares na plataforma.
Os dados da Nielsen Music também mostram que o gênero latino foi o quinto que mais cresceu no mundo em 2020, atrás do hip-hop, pop, rock e country. Já nos Estados Unidos, foi o primeiro.
Entretanto, música latina tem um novo desafio no mercado. Se as plataformas de streaming são, hoje, suas maiores aliadas nas receitas, o mercado global vai na contramão ao apostar em vendas de vinil, que surpreendentemente ou não, crescem cada vez mais.
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