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Em (muito) breve, Shakira in Concert: El Dorado World Tour chega nos cinemas de todo o mundo – no dia 13 de novembro (em alguns países, no dia 17). Como já se sabe, o filme é o show da El Dorado, filmado em Los Angeles, no ano passado.

Em entrevista para a Billboard, a colombiana falou sobre diversos temas – inclusive sobre a decisão de cantar em espanhol e depois em inglês, no inicio de sua carreira. A revista questionou se isso foi para abraçar um público maior ou se Shakira simplesmente queria isso. A cantora refletiu sobre os desafios do começo da carreira, afinal, o consumo da música latina não era como atualmente.”Quando comecei minha carreira, tive que enfrentar tantos desafios diferentes que provavelmente não teria que enfrentar hoje, com a forma como indústria da música é formada agora”, respondeu. “Comecei na Colômbia, onde não havia cena de música pop, era inexistente. Tudo que estava na rádio ou que valia a pena ouvir de artistas locais era o folclore, como vallenato e salsa e toda essa música tropical. Qualquer artista [colombiano] que tentava fazer pop music, estava fadado ao fracasso por algum motivo. E foi nessa atmosfera que minha carreira precisou se desenvolver, então você imagina os desafios que tive que enfrentar nestes dias”, confessou.

“Visitei todas as estações de rádio, de TV, um enorme esforço para promover minha música. Então, quando a ideia de fazer música em inglês foi apresentada, foi algo orgânico, era o próximo passo. Eu aprendi inglês, aprendi escrever em inglês, aprendi a suavizar meu sotaque em inglês e aí acabei fazendo música cantada em inglês”, completou.

Shakira ainda falou, também, sobre a diferença do mercado latino de antes para o atual. “Todo esse mundo novo se abriu para mim e com ele surgiram oportunidades incríveis. Mas eu continuei perseguindo objetivos até então impossíveis, como a música Hips Don’t Lie, por exemplo- que tem cumbia colombiana e menção a Barranquilla -, que tocou nas rádios norte-americanas. Lembro de pessoas da minha gravadora dizendo que nunca tocaria em rádios de lá e eu tinha certeza que sim. Então, precisei convencer os executivos da minha companhia que a música ia explodir”, conta. “Você pode imaginar os desafios que eu tive que enfrentar quando a música latina/espanhol ou a de influências em espanhol não eram tão legais. Agora é outra história, os artistas latinos estão em uma posição bem mais vantajosa hoje. Mas naqueles tempos, era como enfrentar a Grande Muralha da China, atravessar a Grande Muralha. Uma tarefa impossível”.

Claro que ela também falou sobre a importância de ter seu show exibido em 60 países e o tanto que essa turnê significa em sua carreira. “É a primeira vez que saí na estrada sendo mãe e desde o começo esse álbum apresentou dificuldades. Sair em turnê depois de ter uma lesão nas cordas vocais e ter me recuperado, apenas me fez ver minha carreira de uma forma diferente, ver meus fãs de um ponto de vista diferente, e me fez perceber também que todas as noites no palco eram um presente e um milagre. Eu queria dividir com meus fãs tudo o que eu passei antes que eles vissem o produtor final: da experiência de seguir pela entrada como mãe pela primeira vez até o sofrimento pelo qual passei quando quase perdi minha voz, as dúvidas que tive sobre cantar outra vez e quando eu voltei, o quanto estava grata de estar de volta, a alegria que eu sentia”, revelou. “Para mim, foi uma turnê muito importante, eu acho que esse álbum e essa turnê são duas das coisas que mais me orgulho na minha carreira e poder compartilhá-lo com pessoas de todo mundo, de diferentes países, que pertencem a culturas diferentes e elas podem assistir de forma simultânea”, finalizou.

Para finalizar, Shakira também falou do Super Bowl, claro. Ela se apresentará ao lado de Jennifer Lopez no Show de Intervalo do final da NFL no próximo dia 02 de fevereiro, dia de seu aniversário. “Eu estou empolgada com isso, vou celebrar meu aniversário com sei lá quantas pessoas… acho que é um número absurdo, tipo 100 milhões de pessoas. Portanto, é claro que há um pouco de pressão para fazer as coisas certas. Eu estou colocando tudo que está ao meu alcance, tudo que sou capaz de realizar e tentar fazer um show incrível como o público americano merce. Eu sinto que é uma grande responsabilidade, pois estão representando os latinos, tanto aqueles que nasceram nos EUA quanto os que nasceram em outro país e foram para lá. É um grande dia para os latinos porque o Super Bowl é um evento muito importante, um palco mundial, e estar lá com esse propósito torna-o ainda mais emocionante e grandioso. Nós estamos esperando que os produtores nos deem ordens sobre o que podemos ou não fazer, mas sinto que estou em ótima companhia e realmente espero que as coisas deem certo. Realmente queremos montar um show matador”.

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